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Visão social e dados moldam o RH do futuro
07/10/2025 às 11h35

Uma visão social com o apoio de dados tende a direcionar o RH do futuro
A exemplo de todas as demais áreas de uma empresa, o setor de Recursos Humanos também vem se transformando. Cada vez mais, deixa de ser burocrático e de perfil meramente administrativo — um executor de recrutamento e seleção, e distribuidor de holerites e comunicados — para atuar estrategicamente na empresa, alinhando-se às demandas do RH do futuro, que exige visão analítica, foco em pessoas e tomada de decisão baseada em dados.
São novos desafios que colocam as pessoas no centro das atenções, sejam colaboradores – e suas famílias -, fornecedores, clientes ou comunidades. Um olhar sistêmico, holístico e de longo prazo sobre toda a cadeia de valor da organização.
Diante da emergência de uma nova cena, gestores precisam estar mais atentos às tendências, que conduzirão o futuro do RH. Possivelmente, o segmento será mais social e baseado em uma cultura corporativa de dados, que ainda está em construção.
People analytics: dados que impulsionam o RH do futuro
Os dados, por exemplo, tendem a exigir dos executivos um desempenho mais analítico, especialmente, na aferição de resultados e na adoção de jornadas de desenvolvimento humano e de estímulo de uma cultura organizacional mais forte.
A inteligência de dados, aplicada em todos os elos de uma empresa, se mostra essencial e pode definir o sucesso ou fracasso de uma operação. No RH, essa ciência de dados é conhecida como people analytics.
Aplicações podem coletar, agrupar, mensurar e cruzar informações para analisar o comportamento dos funcionários, por exemplo. De maneira geral, essa análise oferece aos líderes insights que subsidiam decisões mais inteligentes.
Ao sinalizar tendências, gargalos e oportunidades, o people analytics pode orientar a qualificação continuada e ações para estimular o engajamento das equipes. Assim, ele cria mais um vetor de competitividade e produtividade, contribuindo para o desempenho dos negócios.
Muitas empresas no mundo todo parecem ter percebido essas vantagens. Um estudo recente do LinkedIn com mais de 7 mil profissionais de RH entrevistados em 35 países revela que, para 73% deles, ferramentas de people analytics estavam entre as prioridades de suas empresas até 2025.
CHRO e CEO: parceria estratégica no RH do futuro
Nesse novo momento do RH, o CHRO, sigla que significa Chief Human Resources Officer, passa a dialogar intimamente com o CEO, Chief Executive Officer, ou seja, o número 1 da empresa. Sem essa sintonia, dificilmente uma empresa conseguirá crescer de forma sustentável.
Além da implementação e execução da agenda ESG, o CHRO deve ser capaz de desenvolver estratégias que carreguem os profissionais certos para uma jornada de negócios, que levará a empresa a alcançar seus objetivos no longo prazo.
O que percebemos é que o futuro do RH está voltado às experiências reais. Para a agilidade e para os processos mais humanizados, ainda que baseados em dados. É sobre ter uma cultura forte, muita metodologia e gestão, análises e visão social.
“Florescimento humano: o RH pode ‘ir além’ no desenvolvimento de pessoas?”
O papel estratégico do RH no desenvolvimento de pessoas
O papel do RH e das lideranças vai além da gestão de processos. Ele é essencial no desenvolvimento de talentos e na construção de culturas sustentáveis.
Muitas empresas ainda concentram seus esforços apenas nas habilidades que atendem às demandas do negócio. No entanto, essa visão limita o crescimento das pessoas e da própria organização.
Focar apenas no curto prazo pode comprometer a inovação, o engajamento e a retenção de talentos. É por isso que surge uma pergunta importante: e se o desenvolvimento humano for, também, uma estratégia de crescimento competitivo?
Mais do que capacitar: fomentar o florescimento humano
Neste contexto, entra em cena o conceito de florescimento humano. Ou seja, mais do que desenvolver habilidades técnicas para liderar, trata-se, sobretudo, de criar espaços nos quais as pessoas possam prosperar. Por conseguinte, é fundamental que esse desenvolvimento aconteça em equilíbrio com os objetivos da organização. Afinal, somente quando os interesses individuais e coletivos caminham lado a lado, é possível construir ambientes saudáveis e produtivos.
Batemos um papo com Vanessa Custódio, especialista em desenvolvimento humano, ESG e saúde mental, que destacou a importância dessa abordagem para empresas que desejam evoluir de forma sustentável, consciente e aprender a liderar com propósito.
Afinal, marcas fortes são feitas por pessoas que florescem. Não deixe de ouvir o episódio completo!
